Empresas de todo o Brasil precisam se adaptar a cada nova mudança nas Normas Regulamentadoras sobre o ambiente de trabalho. Dessa forma, a recente adição dos riscos psicossociais em uma NR-1 atualizada também exige a atenção dos empregadores.
Mas essa medida não é à toa, já que o adoecimento mental tem se tornando um dos grandes desafios para a gestão de pessoas. Assim, essa resolução toca num ponto central para a redução desse problema: o impacto do meio na saúde emocional dos trabalhadores.
Vamos entender melhor isso?
Antes de tratar sobre como ficou a NR-1 atualizada, é preciso compreender essa normativa. Na prática, ela estabelece as diretrizes para a gestão da segurança e da saúde dos trabalhadores.
A partir dela todas as empresas passam a ter que identificar, documentar, avaliar, controlar e minimizar determinados riscos — físicos, químicos, biológicos etc. — presentes no ambiente laboral, implementado um programa de gerenciamento de acidentes ou doenças.
440 mil é o número de afastamentos do trabalho registrados em razão da saúde mental em 2024, segundo informações oficiais. Isto é, um aumento de 67% em relação a 2023 e mais que o dobro de 10 anos antes. Ansiedade e depressão lideram, sendo que a primeira apresentou um crescimento de 400% em comparação a 2014.
Frente a esse quadro, não há como negar que uma epidemia silenciosa se forma nas organizações. Logo, ter uma NR-1 atualizada para responder a isso é importante para lidar de modo adequado com o impacto do meio no bem-estar emocional.
Assim, estresse, pressão, assédio, discriminação e sobrecarga passam a ser tratados como responsabilidade também dos empregadores, exigindo que atuam para minimizar esses ou outros problemas em prol de diminuir os índices alarmantes.
Vale notar que as empresas têm muito a ganhar com essa abordagem, uma vez que a melhoria do ambiente organizacional tende a ampliar a produtividade e o engajamento da equipe, elevando os resultados corporativos.
Em 26 de maio de 2025, as mudanças nessa Norma Regulamentadora entram em vigor, passando a incluir entre os tipos de riscos uma nova categoria: a psicossocial. Ou seja, questões de saúde mental, bem como os fatores que a afetam também deverão ser identificados, avaliados e gerenciados semelhantemente dos demais.
Nesse sentido, é obrigatória a criação de um plano de ação abrangente, que atue sobre quaisquer situações que impactam o emocional dos colaboradores. Entre suas etapas estão:
Dessa maneira, ambiente, cultura, modelos de liderança, condições e organização do trabalho, devem passar a ser considerados sob essa ótica, sempre integrando os processos de proteção com as ações de todas as organizações que atuam no mesmo espaço.
26 de maio de 2025 é uma data-chave, haja vista que a partir dela todas as empresas passam a estar sujeitas a NR-1 atualizada. Diante disso, é relevante entender como a fiscalização passa a se desenvolver, não acha?
Para começar, tanto ações planejadas quanto investigações de denúncias estão abrangidas nesse processo. Isso significa que a visita das equipes responsáveis pelas auditorias pode ser desencadeada de ambas as formas.
Outro ponto para compreender a organização das inspeções são os setores prioritários. Nesse caso, a alta incidência de adoecimento mental é determinante, aumentando a supervisão de negócios nesses segmentos.
Em relação à análise, a ideia é coletar informações, realizar entrevistas, obter documentos e observar o funcionamento das organizações para chegar a uma conclusão adequada acerca dos riscos psicossociais presentes, bem como da atuação do empreendimento para contê-los.
A NR-1 atualizada indica identificar e gerenciar riscos psicossociais por meio de um Programa de Gerenciamento, certo? Todavia, o que isso envolve na prática são ações diferentes das presentes nos processos voltados para os perigos físicos, químicos e biológicos, por exemplo.
Dada a natureza das questões psicológicas, a adequação às mudanças na norma pode exigir medidas como:
Se por um lado, os ganhos em produtividade, eficiência e engajamento tornam a adoção dessas medidas algo bastante vantajoso para as empresas. Por outro, as penalidades de não cumprir as diretrizes da NR-1 atualizada também são sérias.
A começar por multas e, até mesmo, o fechamento do estabelecimento ou embargo de projetos. Cabe ainda saber que processos trabalhistas têm a possibilidade de utilizar as informações obtidas em fiscalizações e a falta de ações adequadas para conter os riscos psicossociais como provas, gerando indenizações.
Soma-se com o âmbito judicial as questões previdenciárias e tributárias decorrentes, especialmente quando se trata do suporte a ser dado para os empregados que ficaram gravemente enfermos em consequência da omissão do negócio.
Por fim, é relevante entender que um ambiente tóxico, clima organizacional ruim, cultura negativa e lideranças despreparadas são as principais fontes de rotatividade. Esse contexto impacta a reputação da marca empregadora, diminuindo sua capacidade de atrair talentos.
Consequentemente, o empreendimento passa a perder competitividade. Afinal, inovação depende de pessoas engajadas e capacitadas, concorda? Porém, construir uma equipe de trabalho com tal nível requer um investimento na satisfação dos colaboradores, o que parte da eliminação dos perigos adicionados na resolução com essa mudança.
A NR-1 atualizada é um passo importante para o bem-estar dos colaboradores. No entanto, as empresas também têm muito a ganhar com a adoção das melhorias que eliminam riscos psicossociais, à medida que eles geram problemas como: afastamentos, rotatividade, perda de talentos, redução da produtividade, entre muitos outros.
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