Se antes era retratado apenas no cinema, hoje em dia, o risco cibernético é uma realidade para a grande maioria das empresas. Isso porque as companhias estão cada vez mais dependentes da tecnologia para gerenciar o negócio e as informações, inclusive de clientes. Por isso, as empresas precisam proteger seus dados contra ataques, pois um simples vírus pode gerar um prejuízo de bilhões para as companhias.
Além disso, as empresas têm responsabilidade pela segurança de informações de terceiros, como dados de cartão de crédito, identidade e diversos outros registros. De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), as empresas, tanto públicas quanto privadas, devem zelar pela segurança e privacidade dos dados de clientes. Se descumprirem essa e outras regras, as empresas podem receber multas de até R$ 50 milhões.
Ficou curioso e quer saber mais sobre o risco cibernético? Então continue a leitura deste artigo, que abordaremos mais informações sobre o assunto!
O que é o risco cibernético?
Quando falamos em risco cibernético, estamos nos referindo à ameaça que as empresas estão sujeitas de terem seus dados roubados. Hoje em dia, as empresas fazem praticamente tudo online, o que as torna vulneráveis a hackers criminosos que roubam dados para aplicar golpes ou deixam os serviços indisponíveis, causando prejuízos enormes.
Essas informações podem ser financeiras ou, simplesmente, de dados pessoais. Um exemplo que ficou bastante famoso de crime cibernético foi o vazamento de dados de cerca de 30 milhões de usuários do site de relacionamentos extraconjugais Ashley Madison.
O crime citado gerou apenas constrangimento para os usuários. Contudo, em casos de roubo de informações bancárias ou confidenciais, tanto a companhia que sofreu o ataque quanto os clientes podem ter sérios prejuízos financeiros.
Como está o cenário de risco cibernético no Brasil atualmente?
Apenas no segundo trimestre de 2019, o Brasil sofreu 15 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos. Isso foi o que apontou um estudo realizado por uma empresa de segurança de dados. Essa empresa aponta que as companhias brasileiras enfrentam muita vulnerabilidade a esses ataques, o que revela que elas ainda precisam corrigir muitos erros nos sistemas de segurança adotados.
O estudo ainda apontou que, além do crescimento alarmante desse tipo de ataque, os crimes cibernéticos estão cada vez mais sofisticados.
Um relatório global da Symantec mostra que o Brasil está na terceira posição no número de ataques cibernéticos, atrás somente de Estados Unidos e China, que estão em primeiro e segundo lugares, respectivamente. Em 2017, o Brasil ocupava a sétima posição no ranking e, em 2018, a quarta.
De acordo com Symantec, essa mudança de posição deve-se ao crescimento do uso de dispositivos móveis que, em 2018, ultrapassou o número da população do país.
Além disso, dados da Pesquisa Global de Segurança da Informação 2016 da PwC apontaram que, em 2015, o crescimento dos ataques no Brasil foi de 274%, enquanto no restante do planeta foi de 38%. Esse aumento dos ataques gerou perdas financeiras para o Brasil, de cerca de US$ 2,45 milhões.
Quais foram os tipos de ataques cibernéticos sofridos por empresas brasileiras?
Uma pesquisa realizada por uma empresa de segurança digital com 300 empresas brasileiras constatou que mais da metade delas já sofreu algum tipo de ataque. O levantamento mostrou que hackers sequestraram 51% das empresas que participaram da pesquisa em 2016 para ganhar dinheiro.
Hackers atacaram as companhias com um “ransomware”, um software maligno que impede os usuários de acessarem os dados da empresa “sequestrada”. Para liberar o acesso, os criminosos exigem um pagamento de resgate.
Em 2017, diversas empresas de e-commerce sofreram ataques de hackers. A Netshoes figurou na lista de vítimas e teve quase 2 milhões de dados de clientes roubados de seu banco de dados. Os criminosos roubaram dados pessoais e histórico de compras dos usuários do site, mas não tiveram acesso a dados de cartão de crédito e informações bancárias.
Como avaliar os riscos cibernéticos de um negócio?
Avaliar o que é um risco cibernético para seu negócio não é uma tarefa fácil, mas as empresas precisam saber identificar as ameaças para manter seus dados seguros e evitar dados financeiros. Apesar de o Brasil liderar a terceira posição no ranking de países que sofrem ataques de hackers, o número de crimes já está bem próximo ao dos Estados Unidos.
As empresas do setor de varejo e financeiro, principalmente lojas virtuais, são o alvo predileto dos cibercriminosos. As áreas de saúde, educação e o ramo industrial também são bastante visados por esse tipo de criminosos.
Os invasores visam muito a indústria porque a área de automação industrial usa tecnologias obsoletas que facilitam invasões e espionagem, já que essas empresas não mantêm um ambiente monitorado e controlado para evitar ataques.
Computadores de empresas são frequentemente infectados por arquivos maliciosos enviados por e-mails. Por isso, a empresa deve contar com uma equipe especializada para lidar com essas situações e instruir seus colaboradores a não abrir arquivos suspeitos.
Como uma empresa pode proteger-se de crimes cibernéticos?
Para proteger os dados da empresa e evitar prejuízos financeiros, a companhia deve tomar medidas preventivas. Essas providências se tratam de contratar profissionais e empresas especializadas para manter a segurança dos dados do negócio.
Outras medidas, como testar o software da empresa contra o máximo possível de ataques, manter o sistema atualizado e ter agilidade no momento de definir práticas de segurança, são essenciais para manter sua empresa longe de ataques de hackers.
Claro que o risco cibernético sempre existirá, pois os criminosos estão sempre dispostos a criar novas formas de invadir sistemas, roubar senhas, dados e dinheiro das empresas. Mas adotar medidas cabíveis para evitar esse tipo de ataque ainda é a melhor solução para não lesar o negócio e gerar possíveis processos de usuários que podem ter seus dados roubados e usados de forma indevida.
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